Bandeiras LGBTQIA+: conheça significados dos símbolos – 21/06/2025 – Cotidiano

Duas pessoas de costas, usando camisetas brancas, estão envoltas em bandeiras. Uma bandeira é a do Brasil, com as cores verde, amarelo, azul e branco, e a outra é a bandeira do orgulho LGBTQIA+, com as cores do arco-íris. O fundo mostra um ambiente urbano, com prédios e árvores.

Na esteira da Parada do Orgulho, que acontece neste domingo (22), e com a proximidade do Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, comemorado em 28 de junho, as buscas pelas bandeiras da comunidade têm crescido no Google.

Segundo dados do Google Trends, nesse período há um aumento no interesse pelas bandeiras que representam os diferentes grupos da comunidade.

Ao comparar todas as bandeiras na plataforma, cinco se destacam como as mais buscadas pelos brasileiros, nesta ordem: bandeira trans, lésbica, bissexual, assexual e não binária.

Veja a seguir os significados destas e das principais bandeiras LGBTQIA+, que representam diferentes orientações sexuais e identidades de gênero.

Bandeira do arco-íris

Lançada em 1978 para o Dia da Liberdade Gay de São Francisco, na Califórnia, nos Estados Unidos, ela foi desenhada pelo artista Gilbert Baker, que faleceu em 2017, aos 65 anos.

Originalmente, o emblema tinha mais que seis cores: rosa para sexualidade; vermelho para vida; laranja para cura; amarelo para luz do sol; verde para natureza; turquesa para magia e arte; azul para harmonia e serenidade; e violeta para representar o espírito humano.

Devido a dificuldades na fabricação do tecido rosa e depois do turquesa, a bandeira foi reduzida para seis cores, versão que se tornou a mais comum e amplamente usada.

Bandeira do arco-íris ganha símbolos trans, intersexo e antirracismo

Em 2018, o designer americano Daniel Quasar incluiu os símbolos trans e do movimento pela igualdade racial. Ele redesenhou a bandeira arco-íris com as novas cores representadas em listras como setas à direita, simbolizando, segundo ele, o progresso.

Três anos depois, o designer ítalo-britânicaValentino Vecchietti atualizou a versão de Quaser com a gravura do orgulho intersexo. Com esta atualização em 2021, ela se torna a bandeira LGBTQIA+ mais atual.

Bandeira trans

Desenvolvida por Monica Helms, ativista, escritora e veterana da Marinha dos EUA, a bandeira transgênero foi apresentada pela primeira vez na Parada do Orgulho de Phoenix, em 2000. As listras azuis representam a cor tradicionalmente associada a meninos; as listras rosas, às meninas. A faixa branca simboliza as pessoas que estão em transição de gênero, têm gênero indefinido ou se identificam fora do binário.

Bandeira lésbica

Apesar de existirem outras variações, a versão mais utilizada foi feita pela ativista Emily Gwen em 2018. Ela é composta de tons de laranja, rosa e uma faixa branca. As cores representam, em ordem: não conformidade de gênero, independência, comunidade, relações únicas ligadas à condição feminina, serenidade e paz, amor e sexo, e feminilidade.

Bandeira bissexual

Proposta em 1998 pelo ativista Michael Page, a bandeira bissexual é composta de três faixas com significados específicos. O rosa representa a atração sexual ou romântica por pessoas do mesmo gênero, o azul simboliza a atração por pessoas do gênero oposto, e a faixa roxa, que é a junção das duas cores, representa a atração por dois gêneros.

Bandeira assexual

A letra “A”, da sigla LGBTQIA+ corresponde aos assexuais, aqueles que não sentem atração sexual por outras pessoas. O grupo pode viver sem sexo e, ainda assim, relacionar-se romanticamente. A bandeira foi feita em 2010 após circular em fóruns da Rede de Visibilidade e Educação Assexual.

A faixa preta simboliza a ausência de atração sexual. A cor cinza representa pessoas que se identificam parcialmente com a assexualidade, como os demissexuais, que se relacionam apenas com pessoas com quem têm um vínculo afetivo e intelectual. A faixa branca refere-se a parceiros não assexuais e aliados, enquanto o roxo representa a comunidade como um todo.

Bandeira pansexual

Criada em meados de 2010, a faixa rosa significa a atração por mulheres, enquanto a faixa azul representa a atração por homens. A cor amarela é atração por pessoas não binárias. A pansexualidade diz respeito a indivíduos que sentem desejo ou conexão física ou sexual com outras pessoas, independentemente da identidade de gênero.

Bandeira não binária

Pessoas não binárias não se identificam como homem ou mulher. Na bandeira, a cor amarela representa uma identidade de gênero fora do binário; o branco simboliza indivíduos que se identificam com muitos ou todos os gêneros; o roxo corresponde àqueles que se situam entre os gêneros masculino e feminino; e a faixa preta representa pessoas que não se identificam com nenhum gênero.

Bandeira intersexual

Criada por Morgan Carpenter, presidente da Organização de Direitos Humanos Intersexo da Austrália, em 2013, a bandeira intersexo tem um simbolismo próprio. Segundo Morgan, as cores da bandeira foram escolhidas justamente por não remeterem a estereótipos de gênero, como o rosa e o azul. O círculo roxo representa o direito de ser quem somos e de viver de acordo com nossa própria identidade.

Uma pessoa intersexo nasce com características sexuais congênitas que não se enquadram nas normas médicas e sociais associadas exclusivamente a corpos femininos ou masculinos.

Bandeira queer

A bandeira de gênero queer foi desenvolvida pela artista Marilyn Roxie em 2011. A cor lavanda representa a androginia e outras identidades queer, enquanto a faixa branca simboliza as identidades agêneras. Já a faixa verde representa pessoas que se identificam como não binárias.

A palavra queer se refere às pessoas que não se conformam com as normas de gênero e sexualidade da sociedade.



Fonte ==> Folha SP

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