Gamescom Latam muda de casa e dobra de tamanho – 30/04/2025 – Tec

Um homem está em um palco, segurando um microfone e gesticulando com a mão direita. Ele usa uma camisa azul escura e calças claras. Ao fundo, há uma iluminação suave e um público visível, mas desfocado.

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Quando se juntou com um punhado de desenvolvedores brasileiros de games para criar o BIG Festival, há 13 anos, Gustavo Steinberg não tinha ideia da dimensão que o evento ganharia.

“A gente sabia que podia crescer, mas não dava para imaginar que iria virar a Gamescom”, afirma o CEO da Gamescom Latam, evento de games que incorporou o BIG Festival e é realizado em parceria com a maior feira de games da Europa.

Em entrevista à Folha, Steinberg afirma que o acordo com a Gamescom ajudou a feira brasileira a se internacionalizar, atraindo ainda mais estúdios e jogos da América Latina. Com isso, o evento, que mistura atrações para o público em geral e reuniões de negócio, passou a atrair também mais investidores.

“Se antes a gente trazia 200, 250 estrangeiros com capacidade de investimento, hoje em dia a gente traz mais de 600”, afirma.

O crescimento acabou obrigando a Gamescom Latam a mudar de casa. A feira troca a São Paulo Expo, na rodovia dos Imigrantes, pelo Distrito Anhembi, na zona norte de São Paulo, onde ocupará o dobro do espaço.

A expectativa de Steinberg é que cerca de 120 mil pessoas visitem a feira entre a próxima quarta (30) e domingo (4), o que representaria um aumento de 20% em relação ao evento do ano passado.

“Tem muita gente que joga e que não se acha ‘gamer’. Daí fala, ‘esse evento é só para gamer’. O evento não é só para gamer. A gente tem tantas opções e tantas pegadas diferentes. É um evento para todo mundo”, diz Steinberg.

Origem do BIG Festival

“No começo a gente viu uma necessidade de criar uma competição de games. Eu já tinha começado a trabalhar com festivais, tinha feito o Festival do Minuto, depois um festival de música, que estava indo bem. Daí eu falei, vou fazer um festival de games. Me juntei com uma galera que entendia de games e fizemos. A gente sabia que podia crescer, mas não dava para imaginar que iria virar a Gamescom.”

“Na pandemia foi um momento crucial porque a gente achou que ia falir. Quase faliu. Logo depois, a gente fechou uma sociedade com o Omelete já com o objetivo de pegar um evento que era prioritariamente voltado para negócios e transformar em um evento para o público.”

Chegada da Gamescom

“Eu vejo a entrada da Gamescom como uma continuação natural do processo que a gente já estava desenvolvendo. A hora que surgiu a oportunidade de fazer uma sociedade com eles fez muito sentido porque é um passo a mais para a internacionalização do evento.”

“A gente já frequentava a Gamescom e a GDC [evento para desenvolvedores de games nos EUA], e a Gamescom para a gente parecia um modelo mais interessante, justamente pela combinação de negócios com público consumidor. Depois que eles inauguraram a Gamescom Ásia, a gente já ficou pensando… Aí eu fui lá e comecei a falar com eles, mas sem a pretensão de virar Gamescom. A gente já tinha colaboração, por exemplo, com o Tóquio Game Show. Fomos conversar sobre uma potencial colaboração e a vontade estava do outro lado também.”

Expansão na América Latina

“Para o brasileiro, a gente já era a grande referência, mesmo com o BIG Festival. O que mudou é que a gente consegue entregar mais. Se antes a gente trazia 200, 250 estrangeiros com capacidade de investimento, hoje em dia a gente traz mais de 600. Do ponto de vista da América Latina, acho que houve uma expansão com a chegada da Gamescom. O México, por exemplo, passou a dar muito mais atenção para a gente do que dava antes.”

Espaço para os indies

“Eu sempre deixei muito claro, até para os alemães, que nosso objetivo é aumentar a indústria de games latino-americana e brasileira. A gente sempre vai utilizar o evento pra isso. Claro, tem espaço para as grandes publishers mostrarem seus jogos, mas para os pequenos e médios estúdios também. A gente pratica descontos para associados da Abragames. Além disso, para os brasileiros e latino-americanos em geral, a gente tenta oferecer as melhores condições possíveis.”

Nova casa

“Não tinha mais espaço para crescer no São Paulo Expo por causa do calendário de eventos, mas desde o começo a gente queria o Anhembi. Eu acho um espaço mais bem localizado, mais bonito. Só que estava em reforma. Já tinha meio que combinado que assim que fosse possível, a gente iria para o Anhembi, mas a motivação principal é a falta de espaço. Vamos ocupar o dobro da área.”

Nova data

“Teve uma conversa com os alemães de afastar um pouco o evento [antes realizado no fim de junho] da Gamescom da Alemanha [realizada em agosto]. Aí, dentro das datas que eram possíveis, essa foi a que a gente achou. A gente ainda está apanhando um pouco com a data, porque muita gente não se ligou, mesmo da indústria. Na semana passada teve gente que me procurou interessada em participar achando que era em junho.”

Novidades para 2025

“Vamos ter uma parceria com a Future Games Show para o show de trailers. Temos uma área nova, que é um palco Creators e a área de jogos indies terá um layout diferente, bem ousado. Além do conteúdo, cada vez mais forte.”

Nintendo sem Switch 2

“Eles não estão prontos pra mostrar. Eles são muito programados. A gente sabe desde o ano passado que não ia dar tempo. Lógico que a gente queria [que a Nintendo levasse o novo console para a feira]. Em compensação, vão ter uns lançamentos legais que eles vão trazer.”

Futuro

“O mais importante para a gente continuar crescendo é que a indústria local continue crescendo. E quando eu falo indústria local, não são só os estúdios brasileiros. São também os publishers com sede aqui no Brasil. É importante que Xbox continue crescendo no Brasil, todas essas publishers. Hoje a gente tem um pouco da responsabilidade compartilhada de fazer a indústria crescer. Com criações aqui da região, mas também em termos de consumo de games e de participação da indústria como um todo. Então, assim, nosso objetivo é crescer junto com a região.”


Play

dica de game, novo ou antigo, para você testar

Blue Prince

(PC, PlayStation 5, Xbox Series X/S)

Após mais de 30 horas, ainda acho que estou só na superfície desse incrível jogo de mistério. Em “Blue Prince”, o jogador assume o papel de Simon P. Jones, um jovem que precisa encontrar o quarto 46 de uma estranha mansão dividida em 45 cômodos para herdá-la de seu excêntrico tio avô falecido. Para isso, será preciso achar seu caminho em um labirinto que se renova a cada novo dia, com um limite de salas que podem ser percorridas por visita. Só tomando notas, resolvendo quebra-cabeças e raciocinando muito é possível descobrir intermináveis segredos de Mt. Holly Estate. Com certeza falaremos mais sobre ele no futuro.

O repórter recebeu uma cópia do jogo para teste.


Update

novidades, lançamentos, negócios e o que mais importa

  • O Switch 2 chegará ao Brasil junto com o lançamento global do console, em 5 de junho, com preço sugerido de R$ 4.499,90. Mais do que o preço alto do aparelho, os fãs se assustaram com os preços dos jogos da Nintendo. “Mario Kart World” chegará por R$ 499,90 e “Donkey Kong Bananza” por R$ 439,90.

  • Apesar das medidas para evitar escassez do Switch 2, a Nintendo afirmou que não conseguirá suprir a demanda do aparelho no Japão. Segundo a empresa, mais de 2,2 milhões de pessoas se inscreveram no sorteio para comprar um console na pré-venda no país, número muito maior do que o de aparelhos disponíveis na região.

  • O Ministério do Esporte ampliou o escopo de torneios de esports com apostas liberadas. Antes limitadas a títulos reconhecidos pelo COI, a nova regra libera as bets a oferecerem apostas para partidas de qualquer campeonato autorizado pelo desenvolvedor ou titular dos direitos de propriedade intelectual do jogo eletrônico utilizado.

  • As desenvolvedoras japonesas Square Enix, Capcom, Taito e Sega anunciaram uma iniciativa conjunta para preservar materiais relativos ao desenvolvimento de games. Entre os itens que as empresas desejam guardar estão artes conceituais, ilustrações e outros documentos utilizados no desenvolvimento de títulos nos anos 1980 e 1990.

  • O jogo “Assassin’s Creed Shadows” teve o terceiro melhor mês de lançamento da franquia nos EUA em arrecadação, afirmou Mat Piscatella, da empresa de medição de vendas no varejo Circana. Segundo o executivo, o game ficou atrás apenas de “Assassin’s Creed 3” e “Assassin’s Creed Valhalla”.

  • A Roblox anunciou que estará disponibilizando uma ferramenta para desenvolvedores localizarem os preços de itens vendidos dentro da plataforma. Segundo a empresa, a ferramenta ajudará os criadores de experiências a otimizar os preços praticados de acordo com a economia de cada país.

  • O jogo “Split Fiction” deverá ganhar uma adaptação para o cinema, afirmou a revista Variety. Segundo a publicação, a atriz Sydney Sweeney (de “Euphoria”) será uma das protagonistas do filme, que terá a direção de Jon M. Chu (de “Wicked”).

  • A PlayStation anunciou que o jogo “Ghost of Yotei”, sequência de “Ghost of Tsushima”, tem lançamento previsto para 2 de outubro. Além da data, a empresa também divulgou um novo trailer.

Download

games que serão lançados nos próximos dias e promoções que valem a pena

30.abr

“Kiborg” (PC, PS 4/5, Xbox One/X/S)

“Moroi” (PC)

“MotoGP 25” (PC, PS 4/5, Xbox One/X/S, Switch)

“Skin Deep” (PC)

1º.mai

“despelote” (PC, PS 4/5, Xbox X/S, Switch)

“Shotgun Cop Man” (PC, Switch)

5.mai

“Drop Duchy” (PC)

6.mai

“Among Us 3D” (PC)

“Age of Empires II: DE – The Three Kingdoms”* (PC, PS 5, Xbox X/S)

*Expansão

Promoções da semana

  • Em comemoração à Golden Week no Japão, vários jogos da Sega estão em promoção em diversas plataformas. Na PSN, “Metaphor: ReFantazio” sai por R$244,93 (-30%) e a versão digital deluxe de “Sonic Frontiers” está por R$ 104,97 (-70%). Já na Steam, “Sonic X Shadow Generations” está à venda por R$ 153,93 (-30%). As ofertas vão até 7 de maio.



Fonte ==> Folha SP

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