Insegurança custa caro: empresas brasileiras perdem bilhões por falta de prevenção estratégica

A falta de segurança corporativa tem se tornado um dos maiores custos invisíveis para empresas no Brasil. Vazamentos de dados, fraudes internas, furtos patrimoniais e ausência de protocolos de prevenção impactam diretamente o caixa, a reputação e a competitividade das organizações.

De acordo com levantamento da PwC, 53% das companhias brasileiras sofreram algum tipo de crime econômico ou fraude entre 2022 e 2024, colocando o país entre os mais afetados no mundo. O prejuízo médio por empresa ultrapassa R$ 12 milhões, mas em casos de ataques cibernéticos de grande escala, as perdas podem ser até dez vezes maiores.

Além disso, dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostram que falhas de segurança física — desde furtos em estoques até problemas em condomínios industriais — respondem por perdas anuais que superam R$ 15 bilhões no setor produtivo.

Para Kellen Laporte, consultora de segurança e especialista em prevenção de riscos, o problema está no modo como a segurança ainda é tratada:

“Muitas empresas ainda enxergam segurança como custo, não como investimento. O resultado é que só percebem o valor da prevenção depois de sofrerem um prejuízo, quando a correção se torna muito mais cara. O Brasil precisa amadurecer nesse aspecto e compreender que gestão de risco é parte da sustentabilidade do negócio.”

Kellen Laporte, consultora de segurança e especialista em prevenção de riscos

O cenário se agrava diante do aumento da criminalidade digital. Segundo relatório da IBM, o Brasil foi responsável por mais de 10% de todos os ataques de ransomware registrados na América Latina em 2024, o que coloca o país como alvo prioritário de hackers. A cada ataque, o custo médio de recuperação chega a R$ 6,5 milhões, considerando paralisação de sistemas, indenizações e perda de clientes.

Diante desse panorama, cresce a demanda por consultoria especializada. Profissionais como Kellen Laporte, que unem formação jurídica, experiência na Polícia Civil e capacitação internacional em cibersegurança, vêm sendo procurados por empresas que buscam criar barreiras de proteção antes que o problema aconteça.

A expectativa é que o mercado brasileiro de soluções em segurança corporativa movimente mais de R$ 50 bilhões até 2030, acompanhando o avanço da digitalização das empresas e a necessidade de blindagem patrimonial. Para Kellen, a prevenção será cada vez mais decisiva:

“Empresas que investirem hoje em protocolos de segurança, treinamento de equipes e integração entre tecnologia e processos estarão não apenas protegendo ativos, mas garantindo a própria continuidade de mercado. A segurança deixou de ser um diferencial e passou a ser um pré-requisito para a sobrevivência.”

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