O mercado de leilões de imóveis no Brasil vive um momento de expansão, impulsionado pela busca de alternativas rentáveis e seguras para investimentos.
Segundo dados do setor, os leilões judiciais e extrajudiciais movimentam bilhões de reais por ano, oferecendo oportunidades para aquisição de imóveis com valores até 50% abaixo da média de mercado.
O apelo é claro: possibilidade de alto retorno sobre o investimento, variedade de opções — de imóveis residenciais a grandes áreas industriais — e a oportunidade de diversificar a carteira de ativos. Mas, junto com as vantagens, surgem desafios que exigem conhecimento técnico e preparo. Questões como prazos para carta de arrematação, custos extras (como ITBI e taxas cartoriais), ocupação do imóvel e até riscos jurídicos podem comprometer a rentabilidade de quem não está familiarizado com as regras.
Para Rodrigo Pinter, empresário e assessor jurídico imobiliário especializado no segmento, entender o edital e o tipo de leilão é fundamental para reduzir riscos e evitar surpresas desagradáveis:
“No leilão, a informação é o seu maior ativo. Um detalhe no edital pode mudar completamente o custo e o prazo do investimento. Conhecer prazos de imissão na posse, condições de pagamento e até quem é o leiloeiro são fatores decisivos para o sucesso da operação.”
Com quase duas décadas de experiência e passagens como investidor e consultor, Rodrigo destaca que o crescimento do setor também se deve à digitalização dos processos. Hoje, plataformas online permitem que investidores participem de leilões em todo o país sem sair de casa, ampliando o acesso e a competitividade. “O ambiente online democratizou o acesso, mas também exige ainda mais atenção e preparo, porque a disputa se tornou mais intensa e o perfil dos participantes é cada vez mais profissional”, complementa.
Além dos investidores individuais, holdings familiares e empresas têm aproveitado os leilões para expandir patrimônio com estratégias fiscais e de sucessão patrimonial. Para esses casos, o assessoramento especializado se torna ainda mais importante, integrando aspectos jurídicos, comerciais e tributários para maximizar resultados.
A perspectiva é de que o mercado continue crescendo, impulsionado pela recuperação judicial de empresas, aumento das execuções e necessidade de liquidez por parte de instituições financeiras. Para quem deseja entrar nesse segmento, o recado dos especialistas é claro: preparo, análise criteriosa e acompanhamento profissional são as chaves para transformar oportunidades em grandes negócios.