Nísia Trindade e o machismo
Machismo, misoginia, racismo, bolsonarismo, petismo… hoje em dia está muito fácil justificar maus desempenhos, especialmente na gestão pública (“Houve estratégias machistas de desqualificação do meu trabalho, diz Nísia”, Saúde, 1º/6). É só lançar mão de uma dessas “explicações” e, voilà, a culpa é dos outros, eu sou só um(a) coitadinho(a).
Paulo Wesley Dornellas (São Paulo, SP)
Cara Nísia, eu lamento por sua ingenuidade e das demais mulheres que ocupam ou ocuparam cargos no governo de Lula. Ele jamais chamou alguma mulher pela competência. Jamais. E isso não acontecerá nunca. Lula só quis/quer jogar areia nos olhos da sociedade. Fazer de conta que valoriza a mulher. Quem continua em algum ministério o faz por conveniência de ambas as partes.
Regina Porto Valença (Recife, PE)
Igreja de Lúcifer
Que adorem a quem quiserem, isso é problema deles (“Igreja de Lúcifer na via Dutra aguarda alvará para receber fiéis”, Cotidiano, 1º/6)… Mas o sacrifício de animais é inaceitável! É lamentável que o STF tenha descriminalizado uma prática primitiva, violenta e desnecessária como esta, e ainda com argumentos fracos e facilmente contestáveis… Infelizmente, mesmo com toda a evolução da sociedade, a ignorância e o primitivo descaso à vida dos seres sencientes, mas não humanos, ainda permanecem! Muito triste!
Margareth Nogueira Martins (São José dos Campos, SP)
Não demorará e terá franquia.
Genésio Marcelino (São Paulo, SP)
Stálin volta…
“Seis décadas depois, Stálin está de volta ao Metrô de Moscou” (Mundo, 31/5). Ao contrário do Brasil, que destrói prédios históricos, monumentos, museus e até residências de escritores celebres como Machado de Assis.
Carlos Milward (Rio de Janeiro, RJ)
…Musk sai
Conseguiu o que queria (“Musk teve acesso sem precedentes a dados do governo, diz jornalista”, Mundo, 31/5). Agora vai poder fazer chantagem e garantir muita propina.
Raymundo Itareru (Conceição do Coité, BA)
Sete anos sem beijo
Linda, maravilhosa e cheia de sucesso e de grana (“‘Não beijo na boca há sete anos e nunca tive tanta paz’, diz Joelma”, Mônica Bergamo, 1º/6). Viva o brega e o Brasil. E o resto são os invejosos se remoendo! Sucesso, Joelma!
Max Ribas (Miracatu, SP)
Texto pecou em não tocar na ferida que assombra a cantora tão amada e odiada pelos gays: suas falas homofóbicas proferidas inúmeras vezes há uma década e pelas quais ela jamais se desculpou.
Helvecio Dias da Rocha (Ubai, MG)
Champions League
O PSG mostrou que craque sozinho não ganha títulos, mas jogo coletivo, planejamento e disciplina sim (“PSG massacra Inter de Milão e conquista com autoridade sua 1ª Champions”, Esporte, 1º/6). Com 4 a 0, o time marcava a saída de bola do rival. Parabéns.
Rogério Araújo (Olinda, PE)
Se já não bastassem os massacres diários de humanos, agora usam o verbo massacrar para descrever que um time jogou melhor que o outro… banalizando a violência.
Marina Gutierrez (Sertãozinho, SP)
Música
O cânone não muda, mas a forma de interpretá-lo sim (“Como Yuja Wang encarna a revolução chinesa na música clássica de hoje”, Ilustríssima, 1º/6). Por influência chinesa, a moda é tocar piano como se fosse esporte, tudo muito rápido e sem errar nota. Uma tristeza, pois o principal, que é o sentimento, se perde. Fico feliz que o autor tocou nesse ponto.
Janaina de M. Santos (São Paulo, SP)
Tributação de bets
O governo está desesperado para arrumar grana para pagar as contas (“Fazenda precisaria de quase toda a receita das bets”, Mercado, 31/5). Enquanto isso dinheiro sai pelo ralo das estatais deficitárias, pela Previdência mal administrada, pelo auxílio BPC para muitos que não se enquadram para receber, além de fraudes. Tem que distinguir o aposentado do beneficiário.
Milton Nauata (Campinas, SP)
Tem que taxar forte os bancos, que lucram com a taxa de juros. Taxar bets é o jeito que a Faria Lima achou para tirar mais do pobre e deixar livre de impostos o dinheiro que usa para especular.
Eduardo Farias (São Paulo, SP)
Colunista
Fisesp e Bnai Brith do Brasil condenam as declarações antissemitas feitas na seção de Esportes deste jornal (“A luta palestina no futebol”, Juca Kfouri, 1º/6). Retratar representantes da comunidade judaica brasileira como apoiadores de genocídio não é apenas uma mentira, mas um chamamento à radicalização antijudaica no Brasil. Lamentável que o jornal promova esse tipo de texto, fake news que não coadunam com a linha editorial da Folha.
Marcos Knobel (São Paulo, SP), presidente da Federação Israelita do Estado de SP, e Abraham Goldstein (São Paulo, SP), presidente da B’nai B’rith Brasil
Resposta do colunista Juca Kfouri – O silêncio sobre o genocídio na Palestina equivale à omissão indesculpável. Não há notícia falsa, nem antissemitismo. Ao contrário.
Fonte ==> Folha SP