O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, acompanhou a chegada de 1,3 milhão de doses da vacina contra a Covid para a população adulta, na manhã desta quinta-feira (1º), na VCTLog, em Guarulhos (Grande São Paulo).
“A entrega está chegando aqui em tempo recorde, em 14 dias, mais rápido até do que o período da pandemia da Covid, o que mostra a garantia e a segurança dessa empresa que está fornecendo para o Ministério da Saúde. E a segurança se dá porque estamos fazendo um contrato de dois anos, então garante a vacina mais atualizada do momento da Covid para esse ano e o próximo”, afirmou Padilha.
No período, a farmacêutica Pfizer, que já fornece a vacina para a população até 12 anos, ficará responsável pela entrega de todas as doses da Covid ao SUS (Sistema Único de Saúde).
Esse quantitativo é o primeiro de uma compra total de 57 milhões de doses fechada em abril deste ano. A expectativa do ministério é ter 15 milhões de doses garantidas para distribuição em 2025.
As vacinas chegaram após a Saúde informar, no último dia 22, às secretarias de estados e municípios sobre a possibilidade de “interrupção pontual” na distribuição nas próximas semanas devido à troca de fornecedor das doses destinadas ao público acima de 12 anos.
O Ministério da Saúde assinou, no ano passado, contrato para a compra da vacina Covovax, fabricada no Instituto Serum, da Índia, e vendida no Brasil pela farmacêutica Zalika. A empresa entregou até janeiro cerca de 3 milhões de doses voltadas ao público maior de 12 anos.
Para as entregas seguintes, o ministério cobrou a atualização do modelo da vacina para atacar a cepa JN.1 —antes, a Zalika entregou a dose adaptada à variante XBB. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), porém, negou o pedido de atualização da vacina vendida pela Zalika. O Ministério da Saúde, então, reabriu o processo de compra das doses para trocar de fornecedor e contratou a Pfizer.
Segundo a pasta, as vacinas chegarão de forma parcelada, conforme a adesão no país, para garantir a oferta da versão mais atualizada aprovada pela Anvisa. A distribuição para os municípios é de responsabilidade dos estados, que receberão os novos lotes a partir da próxima semana.
O ministro pediu o apoio dos estados e municípios para garantir a vacinação ao público recomendado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e referendado pelo Programa Nacional de Imunização —crianças menores de cinco anos, idosos a partir de 60 anos, gestantes e grupos especiais, como imunocomprometidos, ribeirinhos, quilombolas e pessoas com comorbidades. Quem ainda não tomou nenhuma dose também deve se vacinar.
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De acordo com o Ministério da Saúde, desde o início da imunização contra a Covid, em 2021, mais de 568,8 milhões de doses da vacina foram aplicadas na população geral brasileira —mais de 12,3 milhões somente em 2024.
“Não só a Covid, mas sobretudo a síndrome respiratória aguda grave —que pode ser pelo coronavírus mas o principal motivo dos casos é o influenza, é sempre um tema de atuação permanente do Ministério da Saúde. Sabemos que quando tem uma pandemia as pessoas acabam procurando mais a vacina. Quando reduzem os casos, como vemos nesse momento, as pessoas baixam a guarda. Não é para baixar a guarda, pelo contrário. É o melhor momento para ficar com a proteção em dia”, comenta o ministro.
Os municípios que tiverem doses da vacina antiga deverão utilizá-las. A reposição deve ocorrer de acordo com as entregas feitas pelo governo federal. “Quem já tomou a vacina está protegido. Só tem que tomar duas doses por ano os idosos ou os imunocomprometidos”, afirmou Padilha.
Durante a agenda, o ministro também anunciou que 10 de maio será o Dia D nacional de vacinação contra a gripe.
“É muito importante, sobretudo aos grupos prioritários, se vacinar antes do período do inverno. Em algumas regiões do país já há um aumento do número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave e a melhor forma de se proteger é estar vacinado”, acrescentou.
Além de idosos, crianças de seis meses a menores de seis anos, gestantes, puérperas e trabalhadores da saúde, o público-alvo da campanha contra a gripe também é formado por:
professores dos ensinos básico e superior;
povos indígenas;
pessoas em situação de rua;
profissionais das forças de segurança e de salvamento;
profissionais das Forças Armadas;
pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais (independentemente da idade);
pessoas com deficiência permanente;
caminhoneiros;
trabalhadores do transporte rodoviário coletivo (urbano e de longo curso);
trabalhadores portuários funcionários do sistema de privação de liberdade;
população privada de liberdade, além de adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas (de 12 a 21 anos).
Fonte ==> Folha SP